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Cáritas Brasileira lança campanha de solidariedade ao povo de Moçambique
Publicado em 20/12/2024 11:15
CNBB

No último domingo, 15 de dezembro de 2024, o ciclone tropical Chido atingiu o norte de Moçambique, provocando uma tragédia que afetou milhares de famílias nas dioceses de Pemba, Nacala e Nampula. Com ventos violentos e chuvas torrenciais, o fenômeno deixou 45 mortos e mais de 500 feridos, segundo informações atualizadas do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique.

Na província de Cabo Delgado, a mais atingida, cerca de 35 mil famílias foram impactadas, muitas delas perdendo suas casas, plantações e bens essenciais. Na região de Nampula, aproximadamente 25 mil pessoas enfrentam a falta de energia elétrica, agravando ainda mais a situação de vulnerabilidade.

Essa emergência climática torna ainda mais complexo um cenário já marcado por crises humanitárias persistentes, resultado de conflitos, instabilidade política e pobreza extrema. O ciclone Chido é o segundo a atingir a região em apenas cinco anos, reforçando os impactos crescentes das mudanças climáticas. Em 2019, o ciclone Kenneth deixou 2,5 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade.

Em resposta a este cenário, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Cáritas Brasileira, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e as Pontifícias Obras Missionárias (POM) uniram forças para lançar a campanha “SOS Moçambique”. O objetivo é mobilizar, de maneira emergencial, recursos destinados à diocese de Pemba, viabilizando a aquisição de itens essenciais e o suporte humanitário imediato.

Manoel Nota, diretor da Cáritas Diocesana de Pemba, braço humanitário da Igreja Católica em Cabo Delgado, Moçambique, reforça que Cabo Delgado enfrenta uma tragédia. “O ciclone Chido destruiu casas, arrancou tetos, derrubou muros, árvores e postes de energia, além de deixar várias infraestruturas inutilizadas, como, por exemplo, escolas e hospitais. (…) Milhares de pessoas perderam tudo e estão em extrema necessidade de abrigo, alimentos, água potável. Por isso, faço este apelo à comunidade internacional e a todas as pessoas de boa vontade. Ajudem-nos a ajudar. Todo apoio será fundamental para levar alívio e dignidade às famílias que enfrentam este momento tão difícil.” Leia mais aqui

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